São sinais vários de inequívoco eleitoralismo aqueles que Basílio Horta vem dando, certamente pressionado pelas eleições autárquicas do próximo ano. Em Novembro denunciámos a intempestividade da promessa de «um hospital para Sintra», tendo depois vindo a terreiro o Ministro da Saúde para esclarecer que se trataria dum pólo hospitalar, com características diferentes, afinal, daquelas que tinham sido deixadas pressupor. E mesmo se assim fosse, verbas no Orçamento de 2017 do país e da Câmara são apenas uma miragem.
Agora, numa quadra já por si propícia à generosidade, mesmo por parte daqueles que durante o resto do ano a deixam na gaveta, também o Presidente da Câmara se deixou contagiar e quis brindar os funcionários no ativo e os já aposentados com a perspectiva de virem poder a contar com um apoio na sua velhice.
Nada mais nada menos que um Lar, com as valências residencial, de apoio domiciliário e centro de dia, para o que formalmente designou, há 3 dias atrás, “(…) um Grupo de Trabalho que proceda ao estudo e habilite o processo tendente à construção e entrada em funcionamento do referido equipamento (…)”.
Um presente a pensar no futuro, numa época de presentes, mas que se anuncia agora para outros natais.
Certamente para ir coleccionando simpatias e lançar muito antes do tempo uma primeira pedra duma obra que se anuncia agora no afã próprio de quem precisa, automobilisticamente falando, de acelerar a fundo para compensar a inércia destes três anos.
E não se trata, aqui, de desvalorizar o objectivo ou a pertinência do que se anuncia, mas de valorizar isso sim a escolha do tempo e a forma para o fazer.
Não por acaso certamente, esta informação constou da Ordem do Dia da Reunião Extraordinária convocada para hoje. Tendo dado oportunidade para uma detalhada explicação por parte do Presidente sobre o figurino que o projecto viria a revestir, esta apresentação partilharia o palco com 6 propostas relativas a procedimentos sobre concursos públicos para a execução de obras.
Obras que se saúdam mas que resultarão de promessas que pretendem iludir os mais distraídos.
Faz-se agora de sopetão o que não se fez. Ou melhor, anuncia-se que se vai fazer, na suposição de que renderá.
Estamos no Natal… e quase na época dos saldos!
Aos 15 de Dezembro de 2016
Movimento Independente Autárquico
“Sintrenses com Marco Almeida”