A gestão da água deve impor opções estratégicas por parte dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento de Sintra que permitam rentabilizar um recurso natural cada vez mais escasso e caro.
O crescente aumento do custo da água imposto pela EPAL obriga a Câmara Municipal de Sintra, através dos SMAS, a tomar três medidas urgentes.
- Por um lado, a adoção de medidas estruturantes no sistema de abastecimento que permita reduzir as perdas de água, as quais se situam acima dos 20%;
- por outro, o aumento da captação de água por via de furos ou reaproveitamento da água da chuva, tendo por objetivo reduzir a dependência face à EPAL;
- e por fim, a realização de fortes campanhas de sensibilização junto da população com o objetivo de reduzir o consumo de água no concelho.
E nesta matéria é pouco o que temos visto fazer por parte da Câmara Municipal de Sintra!
Ainda sobre este assunto, num seminário ontem realizado sobre a análise do custo e da eficiência dos sistemas de distribuição de água, a Associação de Municípios de Estudos e Gestão de Água (AMEGA), abastecidos pela EPAL, defendeu uma redução das tarifas praticada por esta empresa, de forma a poderem aumentar a sua capacidade de investimento nas redes de distribuição.
Neste encontro promovido pela AMEGA, que integra 19 municípios que desenvolvem a sua atividade de distribuição domiciliária de água na área de influência da Empresa Portuguesa das Águas Livres (EPAL), onde Sintra se inclui, o presidente do conselho diretivo da AMEGA, António Pombinho, explicou que “os municípios que compram água à EPAL têm sentido cada vez mais dificuldades para investir nos seus sistemas em baixa, devido ao elevado tarifário praticado pela empresa”.
Salientamos ainda que esta questão de redução das tarifas de água tem sido reiteradamente reivindicada pelos vereadores da nossa Coligação “Juntos Pelos Sintrenses”, tendo obtido grande destaque no programa eleitoral que foi apresentado aquando das últimas eleições autárquicas.