Como moram e onde moram os munícipes de Sintra
Analisar as dinâmicas demográficas e aceder à sua radiografia por freguesia, permite percepcionar onde mora e como mora quem reside em Sintra, o que mudou ou o que não se alterou nos períodos inter-censitários de 2001 e 2011, qual a expressão dessa variação, qual a atractividade suscitada pelos diferentes locais, quais as tendências sociais em termos de maior ou menor prevalência da propriedade privada ou do regime de arrendamento, quais os valores médios das rendas num e noutro caso, oferecendo ainda o retrato do estado do património edificado ou o seu índice de envelhecimento.
É um pouco de tudo isso que o trabalho que aqui partilhamos dá a conhecer, sustentado pela divulgação dos dados agregados no Diagnóstico Social do Concelho de Sintra (Deptº de Solidariedade e Inovação Social da CMS, Março de 2014) e pela informação disponibilizada pelo INE (Censos 2011) e sobre os quais trabalhámos e reflectimos, estabelecendo relações e deduzindo conclusões.
Uma nota para o facto de termos optado por apresentar os dados desagregados por freguesia, mesmo quando mais recentemente a nova organização administrativa ditou a sua agregação, uma vez que pretendendo desenhar comparações, temos que partir da mesma base para as estabelecer e em 2011, mas sobretudo em 2001, esse cenário encontrava-se muito distante.
Dados posteriores a 2013 permitirão já esse exercício, como permitirão também perceber o que mudou entretanto.
Temos a noção de que à época em que vivemos, ou seja 7 anos transcorridos desde o último Censos, o retrato de Sintra nos aspectos em análise oferecerá outras nuances e situações como o estado de saúde dos edifícios dirão algo interessante sobre as políticas públicas e sobre o impacto de certas medidas de natureza fiscal (ao consagrar p.e. o agravamento no IMI para prédios a carecer de obras) na fisionomia do território.
É de um ponto de partida que se trata, mas acreditamos que, por detrás da frieza dos números, os ensinamentos são vários, sempre expectantes do efeito do tempo e do que ele traz com ele.
Desde o nº de edifícios, ao seu índice de envelhecimento, ao estado de saúde dos edifícios, reclamando ou não obras, passando pela densidade dos alojamentos, pelo nº de alojamentos propriedade dos ocupantes ou pelo nº dos arrendados, ao valor médio para aquisição de habitação ou o valor médio das rendas, até à expressão da residência habitual ou secundária e ao nº dos alojamentos vagos e o seu peso no conjunto dos existentes, é nestas categorias que a informação surge arrumada.
Trata-se, como dissemos, de uma radiografia. Uma radiografia que permitirá ensaiar políticas, mas que, acima de tudo, permitirá que conheçamos melhor a Sintra em que vivemos.