Na última reunião de câmara, realizada a 28 de agosto, os nossos Vereadores manifestaram a sua preocupação relativamente à grande acumulação de lixo no Concelho de Sintra e irregularidades na sua recolha, na linha do requerimento enviado para disponibilização de informações sobre a quantidade de resíduos indiferenciados e recicláveis recolhidos entre 2013 e Junho de 2018, os meios humanos e materiais afectos à recolha e varrição e os recursos extraordinários de que a autarquia tem lançado mão para resolução dos problemas, incluindo a maior quantidade de lixo produzido por via da afluência de turistas.

Conheça aqui o requerimento apresentado.

Exmº Senhor Presidente da Câmara Municipal de Sintra,

Dr. Basílio Horta

Dirigimo-nos a V.Exª a propósito duma matéria que tem estado na ordem do dia e que tem suscitado inúmeras reclamações por parte dos munícipes e a nossa interpelação em sede de várias Reuniões de Câmara.

Referimo-nos ao lixo, a irregularidades na sua recolha, o que conduz à sua indevida acumulação e à falta de despejo dos contentores de recolha seletiva – representando um risco em matéria de sensibilização ambiental e de ecocidadania, na medida em que pode gerar desincentivo das boas práticas-, a juntar a resíduos de maior ou menor volume que lamentavelmente são deixados pelos munícipes nas imediações dos contentores e que tudo somado, oferece uma imagem de ineficácia e de pouco brio, atentatória da imagem de Sintra e da eficiência dos serviços dispensados pela autarquia.

Sendo certo que também V. Exª tem partilhado a preocupação que Vos suscita este quadro, aquilo que se impõe é a normalização da situação, pelo que importará diligenciar os meios para sanar aquele que é, atualmente, o grande problema de Sintra.

Nesse sentido e mesmo se no que à 1ª questão diz respeito, o solicitámos oportunamente, aguardando a sua disponibilização há 2 longos meses, serve o presente também para o reforçar, requerendo, assim, as seguintes informações:

– Qual a evolução da quantidade de resíduos recolhidos, entre indiferenciados e os recicláveis, de 2013 até Junho de 2018;

– Quais os meios de que os SMAS dispõem, nomeadamente viaturas para a recolha de lixo?

– Quais os recursos, quer meios materiais quer humanos, de que a Câmara tem lançado mão e que concorram para a resolução dos problemas?

– Com o afluxo de visitantes que Sintra tem conhecido e que gera inevitavelmente um incremento na produção de lixo, que reforços têm existido, uma vez que está à vista de muitos a sua insuficiência, testemunhada por papeleiras abarrotadas que conduzem a que, sem alternativa, as pessoas deixem o lixo na via pública e com ruas a revelar carências óbvias de limpeza e varrição?

Pelos impactos que toda esta situação provoca e com o volume de insatisfação dos munícipes a fazer-se ouvir por diferentes vias, urge lançar mão de soluções à medida, mesmo que conjunturais, para a regularização duma situação cuja insustentabilidade não deixa de dar preocupantes sinais.

Com os melhores cumprimentos,

Marco Almeida

 

Veja a reportagem da TVI, onde moradores da Tojeira, em Sintra, queixam-se da falta de recolha de lixo, acusam a Câmara de demorar meses a fazer a limpeza e temem problemas de saúde pública:

Veja também o vídeo da Saloia TV sobre este tema:

Veja aqui algumas imagens que nos foram enviadas por munícipes e disponíveis nas redes socias, que são um exemplo da enorme acumulação de lixo que se tem verificado em todo o concelho de Sintra:

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