Nova ETAR de Cortegaça ainda inativa

A Estação de Tratamento de Águas Residuais – ETAR - localizada em Cortegaça, encontra-se concluída há cerca de dois anos mas não entrou ainda em funcionamento.

Os Vereadores do nosso Movimento manifestaram na última reunião de câmara a sua incredulidade perante a inoperância de uma estrutura tão importante para o ambiente e para a qualidade de vida dos sintrenses.

O executivo camarário justificou esta inactividade com o facto de a empresa responsável pela conclusão da obra ter falido.

Não só lamentamos a incapacidade da câmara para desbloquear esta situação, como estranhamos que os SMAS de Sintra não tenham, até à data, emitido com o recibo de água qualquer nota explicativa das razões de tal atraso.

 

Sabe o que é uma ETAR?

Uma Estação de Tratamento de Águas Residuais - ETAR - corresponde a uma infraestrutura de extrema importância e uma solução para a despoluição de múltiplos cursos de água para onde, diariamente, são canalizados através das redes de esgotos, grande carga de efluentes poluentes de forma quase ininterrupta. Estas estações, normalmente localizadas no troço final de um curso de água, recebem de forma contínua os resíduos líquidos urbanos canalizados através da rede pública de esgotos. Posteriormente submete esses efluentes a um tratamento que se processa de forma faseada. A primeira fase corresponde ao pré-tratamento. Nesta fase as águas brutas (esgotos ou águas residuais), produzidas pela população, são admitidas na ETAR por intermédio dos coletores principais, passando por uma câmara de chegada onde, através de uma grade automática, são filtrados os resíduos sólidos de maior dimensão. Estes são descarregados para um contentor de armazenagem e enviados para um aterro sanitário. Em seguida a água residual passa por tamisadores, sendo retirados sólidos de dimensão mais pequena. Já desprovida de sólidos a água residual passa por unidades de tratamento: desarenador, desengordurador, de forma a remover as areias e as gorduras. A segunda etapa corresponde ao tratamento primário. Esta segunda fase desenvolve-se em decantadores primários. Aqui são separadas a parte líquida e a parte sólida em suspensão, que resistiram ao pré-tratamento. A água residual é filtrada e são adicionados floculantes de forma a acelerar a agregação das partículas e a sua decantação. Estas acumulam-se no fundo do tanque, enquanto que a parte líquida se escoa junto à superfície. A terceira fase - tratamento secundário ou biológico efetua-se nos tanques de arejamento. A adição de oxigénio e micro-organismos ajudam a decompor as impurezas que ainda permanecem na água residual e vão transformá-las em lamas, que se acumulam no fundo deste gigantesco recipiente, permitindo uma terceira filtragem. Finalmente, na quarta etapa ou tratamento terciário, a água residual é submetida a uma desinfeção efetuada por meio de radiação ultravioleta, de modo a eliminar por completo os micro-organismos que possam ainda existir, tornando-a mais pura. Posteriormente, efetua-se a sua descarga para o exterior.
Fonte: Infopédia – Porto Editora

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