Tema central na avaliação da gestão camarária e objeto de muitos alertas e pedidos de intervenção, a conservação da rede viária municipal consome um valor anual significativo. Ao analisarmos os dados disponíveis de 2012 a 2018, verificamos que o mandato de 2014 – 2017, com o Partido Socialista e este Presidente Basílio Horta, representou apenas 9% do total investido e que, certamente por mero acaso, a sua maioria se concentrou no ano de eleições autárquicas, em 2017.

Este é um investimento crucial nas condições de segurança exigíveis e na comodidade de circulação e que incide ao nível da faixa de rodagem e passeios, com intervenção de beneficiação de pavimentos, quer no âmbito da sua estrutura, quer no seu revestimento.

Valerá a pena atentar nos montantes despendidos em cada ano nesta área, com os anos de 2005 e de 2014, a registarem, respetivamente, o mais alto e o mais baixo investimentos.

E em termos evolutivos, temos então:

VALOR DESPENDIDO NA BENEFICIAÇÃO DE VIAS, ENTRE 2002 e 2018

No seu conjunto, considerados os 17 anos (2002_2018), o valor da despesa/investimento em termos de beneficiação e conservação das vias municipais, atinge-se um montante de 134,217 M€.

Interessante se revela também estabelecer o comparativo por mandato, para o que se obtém o seguinte cenário:

Verbas dependidas na beneficiação de vias (Por mandato)

Em face desse montante global, o peso dessa despesa por cada mandato, assume também relevância, prestando-se a diferentes reflexões:

  • O mandato de 2002 – 2005 assume aqui grande preponderância, na medida em que nesses quatro anos, foi despendido nessas intervenções 45% do valor total despendido em 16 anos.
  • Segue-se o de 2006 – 2009, ao representar 30%.
  • O mandato de 2014 – 2017, com o Partido Socialista e este Presidente Basílio Horta, encontra-se nos antípodas, já que representou apenas 9% do total investido e que, certamente por mero acaso, a sua maioria se concentrou no ano de eleições autárquicas, em 2017:

Fonte:
Pronúncia do Deptº de Obras Municipais e Intervenção no Espaço Público, no âmbito da Ponderação das repercussões materiais inerentes ao exercício das competências a transferir para o Município de Sintra, pela aplicação da Lei 50/2018 – Relatório do Grupo de Missão, constante da Proposta 513-P/2019, apresentada na RC de 11-06-2019.